quinta-feira, 20 de junho de 2013

Artigo: "Festa" ao Senhor Padre Alberto


O Humanista, no seu tempo e espaço

Ao meio da tarde, no pretérito dia 9 de Junho, decorreu na freguesia de Famalicão, concelho da Guarda, um singelo tributo ao senhor Padre Alberto Almeida, pároco na freguesia da vila do Teixoso (concelho da Covilhã), tendo em vista comemorar as Bodas de Ouro Sacerdotais, 50 anos ao serviço da igreja, que contou com a presença de alguns sacerdotes de outras paróquias, que engrandeceram a festividade. Foi um processo pensado pelo Padre Francisco Barbeira, actual pároco da freguesia de Famalicão, que culminou com a celebração da missa campal, coadjuvada pelo grupo coral, vozes intensas e cândidas, embalado pelo órgão e a viola, realizada no “coração” da aldeia. A natureza, com um céu quase azul, um ar puro e uma paisagem aprazível contribuiu, também, para valorizar este encontro. A ambiência religiosa, social e cultural, transportou-nos para outros tempos bíblicos, em que a multidão se juntava para ouvir as sábias palavras de Jesus. Peregrinaram a este lugar uma pequena multidão, uma miscelânea de gentes oriundas de várias freguesias, calcorreadas pelo senhor Padre Alberto que quiseram manifestar, de forma particular, o apreço e o carinho pelo trabalho desenvolvido pelo “Missionário”.
Alguns amigos subiram à tribuna para dissertar, mas, no momento do discurso, a emoção acorrentou-lhes a voz, contagiou a multidão, os rostos cobriram-se de lágrimas, foi o reconhecimento, a gratidão e a alegria, foram momentos irrepetíveis e imperdíveis, impossível de descrever com palavras.
Nos momentos difíceis não nos abandonou, após o terrível incêndio de 1 de Novembro de 1994, que empobreceu a freguesia com a perda do valiosíssimo altar de talha dourada da igreja matriz, a sua presença foi imediata e integral, veio dar alento, energia e orientação à população.
Para partilhar um bom fim de tarde nada melhor que um lanche convívio, degustar a gastronomia local, na lista figuravam suculentas iguarias num conglomerado apetecível, aliado a boa disposição, acabou por invadir o evento.
A aldeia orgulha-se do trabalho desenvolvido ao longo de décadas de lutas, conquistas e sacrifícios, uma imagem valorizada, tem prestigiado a sua classe, em resultado da excelência do serviço prestado às populações nas povoações que representou. Homem prestável, humilde e assertivo, que em boa hora resolveu trilhar este caminho da fé e da espiritualidade, verdadeiro caminho para construir o nosso futuro.


João Manuel da Cunha Vaz


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